É dia da bonita rubrica “Yes, you can!”. 💪💪
Hoje trago-vos a história da Carolina. Mãe de 2 filhos. Apesar de não ter conseguido amamentar o seu primeiro filho, a Carolina foi atrás de informação para que conseguisse um desfecho diferente com a sua filha, o seu segundo bebé.
Este é um exemplo de como a informação faz toda a diferença. Preparares-te para a amamentação é meio caminho andado para atingires os objectivos que definiste para a tua história!
Uma óptima oportunidade para te preparares é participares no workshop que estou a preparar para o dia 29 de Maio!! Fica a saber tudo aqui: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfieM-QqqWIKKHHnIWH7vmlc82wzZrZaxRYES6dsllHKyIhTg/viewform
E agora deixo-te com a Carolina:
“Sou a Carolina, tenho 24 anos e sou a mãe do Santiago com 5 anos e a Rita com 8 meses.
Tive duas experiências completamente diferentes uma da outra.
Com o Santiago dei mama pouco mais de 1 mês, e muito por culpa da desinformação. Soube que estava grávida a 29 de Janeiro de 2016 e o meu filho nasceu a 15 de Março de 2016. Foi uma gravidez relâmpago, não tive muito tempo para ler e me informar sobre nada, estava também a tirar o 12° ano, então andava super preocupada com os exames nacionais e entradas para a universidade, e ouvia imensas vezes que o instinto maternal era tudo o que precisava. Na verdade o instinto maternal é muito bom, mas quando há informação!
O meu mamilo era plano, e o meu filho tinha imensa dificuldade em pegar na mama, o médico que o acompanhava na consulta de peso das 6 semanas disse que tinha que lhe começar a dar suplemento, porque o bebé só tinha aumentado 10 gramas numa semana, mandou-me dar mama e no fim completar com suplemento. Escusado será dizer que a amamentação não chegou aos 2 meses!
Hoje olho para trás e vejo que podia ter sido acompanhada por um especialista em amamentação para ajudar a que o bebé fizesse a pega correcta e conseguisse mamar em condições, e que, se mesmo assim ele não conseguisse mamar, eu poderia ter tirado o meu leite com bomba e dar-lhe com o biberão, mas como não me tinha informado segui o que o médico disse, porque o instinto maternal também não sabia que havia alternativas!
Foi uma sensação muito má, senti-me impotente, para não falar que quando via o pai ou os avós a darem-lhe o biberão admito que sentia ciúmes de certa forma, porque era suposto ser um momento só nosso, porque mais ninguém lhe podia dar mama sem ser eu, e o biberão qualquer pessoa podia.
Quando descobri que estava grávida pela segunda vez, veio logo o medo de voltar a não conseguir amamentar! Então comecei a ler imensos artigos sobre amamentação, li artigos portugueses, brasileiros, espanhóis, ingleses, tudo o que encontrava eu lia, e aprendi que o leite da mãe CHEGA SEMPRE (caso raras excepções!) para o bebé, e que cada bebé é diferente do outro uns mamam muito e ganham pouco peso, outros mamam pouco e ganham muito peso, uns fazem intervalos de horas entre mamadas e outros de minutos, e está tudo bem, porque cada bebé é como é e o leite da mãe é PERFEITO para as necessidades do bebé, a natureza é perfeita!
A Rita tem 8 meses, ainda mama sempre que quer, porque ela é que sabe quando tem fome ou quando quer o aconchego da mama, os primeiros 3 meses, ela mamava de 30 em 30 minutos, e depois vinham os comentários por parte da família do pai dos miúdos “ah mas ela já está na mama outra vez? O teu leite é fraco e ela não fica satisfeita” ou “mesmo que ganhe peso e cresça o teu leite não a satisfaz, por isso é que ela está sempre na mama”, ou até mesmo a barbaridade de “tens de dar água a menina, está muito calor e o leite é doce ela depois fica com a boca muito doce” NADA DISSO! os bebés mamam porque têm fome, sede, ou só para aconchego!!
Eu respondia sempre “sim eu depois falo com o médico”, para não ser mal educada, mas o que mais me revoltava era o pai dos miúdos ficar sempre do lado deles e não me apoiar! Obviamente que quando chegávamos a casa, assim como quem não quer a coisa “ralhava” com ele pela ignorância da família, enquanto lhe lia vários artigos que mostravam que eu estava a fazer tudo certo! E assim ensinava o pai e ficava mais tranquila por ver que eu estava a fazer tudo bem!
Diferenças entre os dois até agora noto que o Santiago assim que os dias ficam mais frios, lá está ele com pequenas constipações, a Rita em 8 meses nunca se constipou nem mesmo em contacto com irmão doente! Se é do leite materno ou não não sei, mas é o melhor alimento e suplemento que podemos dar aos bebés!”
Obrigada Carolina por teres aberto o teu coração connosco e teres partilhado a tua história.
E tu, já sabes, se queres partilhar a tua história de amamentação para que mais e mais e mais mulheres se motivem, não hesites em me contactar.