Às vezes tenho vontade de voltar a pôr o meu bebé na minha barriga para protegê-lo do mundo! 

O mesmo mundo que quero tanto que ele conheça, é o mesmo mundo que me traz medo e uma certa falta de ar. O mundo onde temos coisas tão bonitas como um arco íris num dia chuvoso, é o mesmo mundo de perigos e de desamor. 

Às vezes tenho vontade de fazer o tempo parar e de eternizar os momentos em que o meu afago é o suficiente. Guardá-lo bebé. Acreditar na ilusão de que sempre serei o seu escudo. 

Às vezes imagino-o adolescente destemido. Com os seus olhos azeitona grandes. Imagino-o a dizer que não a tudo o que lhe fará mal. Um não convicto e decidido, exactamente igual àquele que ele me diz quando eu lhe pergunto se podemos ir mudar a fralda. E fico mais descansada! 

Às vezes imagino-o já maior e eu velhinha. Muitas vezes, na verdade. Quando vejo os filhos visitarem os seus pais no lar onde trabalho pergunto-me se um dia irei ser cuidada por ele. Pergunto-me se quando as artroses chegarem, eu sentirei a paz de saber que o mundo e a vida têm sido gentis com a minha cria. 

Então no meio da consciência de que muito pouco (ou nada!) posso controlar, resumo-me à minha fé e entrego o meu pequenino amor a Deus. Que Ele o guarde, por todos os caminhos em que o meu bebé andar e que nos entretantos me vá dando sabedoria para o proteger o melhor que posso, aprendendo a viver com o coração fora do peito!

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