Muito temos conquistado até aqui, em direitos e respeito. Muito temos ainda por conquistar!
Continuamos a ganhar menos, a ter menos oportunidades de crescer na carreira, a sermos as principais responsáveis por garantir que haja “mesa, cama e roupa lavada” e a ser as principais cuidadoras das crias.
Continuamos também a ser mázinhas umas com as outras. A juntar-nos em grupinhos, sem respeitarmos as histórias, opções e decisões que cada uma tomou para si. Atacamos umas porque não querem dar suplemento e ofendemos outras porque não querem dar mama. Julgamos umas porque gritam com os seus filhos e desconsideramos outras porque procuram caminhos mais conscientes para a educação… sem percebermos que assim todos perdemos!
Precisamos de ser empáticas, de nos abraçar, de olhar a mulher para além das mamas, do biberão, dos gritos ou da impaciência. Precisamos conhecer as histórias, ser ferramentas de cura, ser a aldeia que pode mudar as gerações futuras! Precisamos calçar os sapatos da outra e sair do pedestal onde, muitas vezes, achamos que estamos, para manter o mesmo nível do olhar de quem estamos a julgar e conseguirmos ouvir o que os seus olhos dizem!
A sociedade já nos abandona e dificulta a vida! Que saibamos nós tornar-nos corrente fortificada para juntas voarmos contra o vento e alcançarmos um mundo onde ser mulher não nos limite em nada!