Agosto é o mês dourado! Inicia-se o mês com a Semana Mundial do Aleitamento Materno, de 1 a 7 de Agosto, dedicada à promoção do aleitamento materno. Para nós, que trabalhamos diariamente com mulheres, bebés e famílias, não muda muida coisa mas acabamos por não nos sentir tão sós! Afinal, todo o mundo se irá concentrar a falar sobre o aleitamento e, esperamos nós, isso motivará “multidões” para que mais bebés e mulheres tenham o privilégio de amamentar!

Estamos habituados a que a atenção das campanhas a favor do aleitamento materno seja focada nas vantagens do mesmo. Todavia, este ano, a WABA (World Alliance for Breastfeeding Action/ Aliança Mundial para a Acção em Aleitamento Materno) escolheu como tema o impacto que a alimentação infantil tem no meio ambiente e nas alterações climáticas.

Alimentação infantil e alterações climáticas? Qual a relação?

Um ponto de vista diferente mas, sem qualquer dúvida, bastante pertinente nos tempos que correm. As mudanças climáticas e a degradação ambiental é, talvez, um dos desafios mais urgentes do nosso planeta! Todos podemos, e devemos, fazer alguma coisa para reduzir a nossa pegada de carbono e pegada ecológica.

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Uma das formas de o fazer é adoptar sistemas alimentares sustentáveis, nos quais se inclui, sem qualquer dúvida, a amamentação. A amamentação não cria desperdício e não afecta o ambiente devido aos seus métodos de produção, embalagem, distribuição ou preparação. Para além disso, ela gera saúde (para bebé, durante toda a sua vida, e mulher). Podemos, então, dizer que a amamentação gera saúde do planeta e, também, dos seus habitantes!

Mas, infelizmente, apenas cerca de 40% de todos os bebés são amamentados em exclusivo até aos seis meses de idade, e, destes, apenas 45% continuem a ser amamentados até aos dois anos (recomendações da OMS). Estes números devem-se a um sem número de razões. No entanto, e é isso que é lamentável, é que a principal razão continua a ser uma resposta errada (muitas vezes de profissionais que deveriam ser actualizados e bem informados).

Não amamentar por decisão pessoal da mulher, se bem informada de tudo o que essa decisão acarreta, deverá ser algo respeitado e apoiado. Não amamentar por culpa do sistema é algo completamente diferente e que deverá ser combatido por todos, para o bem de todos!

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